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PARABÉNS, SÃO PAULO!

É hoje! São Paulo faz 465 anos, cheia de amor para dar. Dá uma olhada nessas dicas que a gente preparou para quem estiver por aqui.

Tem mini-SP na Rua. Os principais coletivos e Djs da cidade se reúnem para uma grande festa no Vale do Anhangabaú, com ODD, Pilantragi, Santo Forte, Mamba Negra, e muito mais. E ainda tem Paulinho da Viola e convidados: Beatriz Rabello, Fabiana Cozza e Rodrigo Campos, em show super aguardado, às 16h.

Na Pinacoteca tem reinauguração do auditório, com pocket-show de Zezé Mota.

No CCBB tem o Centro do Rap, com uma programação que vai até domingo com as MCs Alt Niss (hoje), Bivolt (sábado) e Edi Rock no domingo.

Hoje tem também show no Sesc Vila Mariana para o lançamento do disco São Paulo: paisagens sonoras (1830-1880), em que a pesquisadora Anna Maria Kieffer fez uma catalogação de sons da capital paulista.

Acontece hoje uma apresentação gratuita do Balé da Cidade no teatro Municipal a partir das 18h. O espetáculo é Risco, dirigido pelo incrível Ismael Ivo.

No sábado abre na Casa da Luz a exposição Jungle Juice | The Guerrilla Queens, com inéditas de André Niemeyer e participações de Lyz Parayzo e Arthur Scovino Dantas. Os trabalhos refletem sobre a condição LGBT a partir de influências da pop art e de C.G. Jung.

A Paulista, claro, está cheia de atrações: 

No IMS tem o Conjunto João Rubinato, que mostra 12 canções inéditas de Adoniran Barbosa com participações de Eduardo Gudin, Toinho Melodia e Sergio Rubinato. No Sesc tem A Espetacular Charanga do França e na Fiesp a Nômade Orquestra toca com Black Alien.

No Sesc Consolação abre a exposição Não Temos Condições de Responder a Todos, que reúne coleções de fanzines, cassetes e cartas da música independente, especialmente do punk e punk-rock, entre os anos 80 e 90 com curadoria de Alexandre Cruz Sesper. A Maglore comemora 10 anos de carreira no Cine Joia, também nesta sexta.

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RODRIGO POLACK: TEM IDADE CERTA PARA SER FASHION?

A relação entre moda e celebridade sempre foi assunto de discussões animadíssimas. E um disputado red carpet é sempre palco perfeito para patrulhas de todos os tipos, destilarem seus venenos com o antigo ‘Certo e Errado’, nas redes sociais.
Alguns tópicos são mais comuns na hora de apontar o dedo… a marca do vestido, o valor das jóias, o corpo ideal, as rugas (Ó ceús, dessa nem a Nossa Senhora do Botox Perfeito escapa!) and um dos mais comentados, a tão temida IDADE. 

Vou começar citando a sempre criticada Madonna. Com seus bem vividos 59 anos, é julgada se aparece de cara lavada, boné e look de academia. Se aparece com o rosto photoshopado e pele de cera na capa da revista, lá vem pedrada. De body e meia arrastão nos shows… “Já poderia ser avó!”. De viúva siciliana no MET Gala… “Não surpreende como antes!”. 

Outra que nunca escapa aos olhares dos críticos, é Donatella. Criticada desde a época dourada da marca, em que era musa de Gianni, a italianíssima herdeira platinada da Versace (mais magra que as modelos de seus desfiles e com bronze cenoura) dá de ombros para quem tem a língua afiada e continua mostrando seus braços em alcinhas ultra-sexy e pernas em fendas escandalosas. A grande diferença do passado para agora, aos olhos de quem tem essa tal língua afiada, é o fato de ter 63 anos, e claro, a quantidade de toxina botulímica e ácido hialurônico aplicados em seu rostinho. 

Sarah Jessica Parker, ao longo de muitos anos como Carrie Bradshaw, deixou o mundo passado a ferro, com seus looks extravagantes e fashionistas em último grau. Volume nos cabelos, saias de tule, it bags, labels, labels, labels, e um lifestyle novaiorquino que dava vontade de arrumar as malas e fugir pra Big Apple ganhar a vida. Ai Carrie, como te amava! 

Já Sarah, entrou nesse mood e se transformou em um ícone fashion à altura de sua personagem em Sex And The CityForever! No último Met (montadíssima de Dolce & Gabbana), com rugas aparentes, encarando seus 53 anos em closes sem prenchimentos em excesso, foi chamada de VELHA por muita gente. 

Anna Dello Russo, editora da Vogue Japão, também joga no mesmo time das absurdinhas, que despertam reações diversas a respeito de seu lifestyle FOREVER YOUNG. Jane Fonda, sua F*DA! No Oscar 2018, aos 80 anos, usou branco total e maravilhosa, agradou a maioria. Ainda assim, ouviu-se… “Linda AINDA, mas é escrava da beleza. Não come e se mata de malhar.” Iris Apfel, americana de 96 anos, designer de interiores, empresária e intusiasta da moda, dona de uma coleção de óculos gigantes, pulseiras coloridíssimas e roupas estampadas, sábia, disse uma vez… “Vestir-se de acordo com a idade, é uma grande idiotice”. 

Let’s talk about Brasil… 

Hebe Camargo, musa maior da nossa tv e seus vestidos curtos, com pernas torneadas de dar inveja a qualquer new face. Elke Maravilha, rainha do absurdo até sua morte. Sem medo de ser feliz! Gloria Maria, belíssima, mãe de duas crianças e ainda com tempo (e disposição!) para rodar o mundo a trabalho. Fernanda Montenegro, clássica, chiquérrima always, e sem plásticas em plena era do HD. Costanza Pascolato, com seu topete/moicano e óculos escuros inconfundíveis, workaholic e antenada master no novo, esbanja frescor em tudo o que faz. 

Quer saber o real significado de coragem aos 60, 70, 80 e 90 anos? Acesse @advancedstyle, no Instagram. Mulheres fantásticas, overdressed, em looks espetaculosos, multicoloridos e cheios de vida! 

Ser sexy e jovem, independe dos centímetros de pele à mostra ou da sua idade. Depende sim de ATITUDE! E isso, ou você tem ou não tem. Poder ou não usar um look, fazer dezenas de plásticas ou encarar as marcas de frente, ficar loiríssima ou deixar os cabelos grisalhos, são escolhas pessoais. Afinal, o que PODE ou NÃO PODE? Você é quem dita as regras.
Seja a pessoa mais interessante que você conhece. E ser AGELESS é exatamente isso, estar FRESH, independente dos anos vividos.

Ficaria horas escrevendo sobre mulheres fantásticas que admiro, mas essa coluna está um pouco grandinha e eu já estou atrasado para uma consulta com a minha dermato maravilhosa.

Rodrigo Polack é stylist há 15 anos, professor da Escola São Paulo no curso Styling, apresentador do programa 5 Looks, no Discovery Home & Health, ao lado de Chris Flores e colunista semanal da Revista QUEM Inspira. Clique aqui para ler a matéria original! 

Créditos das imagens: Instagram @advancedstyle 

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RODRIGO POLACK: PODE MISTURAR ALFAIATARIA COM TÊNIS? MOLETON COM SALTO?

A solução foi… ser eu mesmo, ou seja, atualizar, levar aquela década do início do século passado praquele ano. Misturei às muitas pérolas, sem dó, correntes de metal, troquei os sapatinhos comportados por botas e pedi ao maquiador, olhos pretos. Pronto! Minha mulher tinha perfume vintage, que não cheirava a Chanel Nº 5 e muito menos à naftalina. Ela era chiquérrima, adorava o clássico, mas sabia ser forte. E essa é minha mulher… sempre FORTE!

Estou amando o momento atual das capas e campanhas, onde modelos se misturam às pessoas normais. Tipos variados, de cores e tamanhos diferentes, dividem a mesma página. Foi-se o tempo da hegemonia nas passarelas, em que todos pareciam suecos, escandinavos e com a mesma cara, cabelo e andar. Estamos evoluindo.

Quando me perguntam qual o segredo para manter uma imagem moderna e atual, costumo dizer que, mesmo quando as  tendências e inspirações são de outras épocas, penso sempre no momento atual. Como o antigo se encaixa com o novo. Afinal, tanto uma senhorinha de 90 anos, quanto uma gatinha de 20, estão vivendo no mesmo tempo. A época é agora e é uma só, as informações também.

Um exercício fácil para fazer já… pegue um vestido romântico no armário. Pode ser de tecido fluido e leve, plissado, em tons pastel e até rodado (não necessariamente com todas essas caraterísticas, pelo amor de Deus! rs). Agora, escolha um sapato e uma bolsa para comporem com seu look. Você optou por um scarpin, uma sapatilha, um tênis ou uma botinha? A bolsa é pequena, à tiracolo ou maxi? E o mais importante… as cores combinam entre si? Se você seguiu o caminho que o vestido pediu, ou seja, romantizando-o ainda mais, faça um drink agora pq água com açúcar vai te fazer dormir. Se foi corajosa e pegou uma peça que descombinou com toda essa fofura… PARABÉNS, minha cara, você acaba de passar no teste da contemporaneidade e vive em 2018!

Rodrigo Polack é stylist há 15 anos, professor da Escola São Paulo no curso Styling, apresentador do programa 5 Looks, no Discovery Home & Health, ao lado de Chris Flores e colunista semanal da Revista QUEM Inspira. Clique aqui para ler a matéria original!

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UM PLANO DE TRANSFORMAÇÃO

Ajudar meninas da periferia de São Paulo a tornarem reais os seus planos de vida. Este é o principal objetivo do Plano de Menina, projeto social criado pela consultoria Plano Feminino (especializada em estratégias de marketing voltadas para mulheres) da jornalista Viviane Duarte.

A iniciativa é realizada em bairros como Capão Redondo, Grajaú, Pirituba e Brasilândia e tem como público-alvo meninas de 13 a 18 anos. Durante o período de um ano, elas têm aulas de autoestima, autoconhecimento, liderança, empreendedorismo, finanças, vida digital, planejamento de carreira e teatro com profissionais voluntárias.

Em entrevista à revista TPM, Viviane conta que muitas das garotas participantes eram o que ela define como “nem-nem” (nem trabalha nem estuda), tinham baixa autoestima e nenhum plano para o futuro. “Muitas crescem num ambiente tóxico, que faz com que elas pensem não ter direito a nada. São pais, tios ou vizinhos que falam: ‘não adianta sonhar, isso não é pra gente’. Só que toda menina tem direito a ter um plano. Ter uma meta é o primeiro passo para que elas se tornem protagonistas de suas histórias”, afirma.

Não à toa, um dos exercícios propostos às meninas é um teste do espelho no qual elas contam para si mesmas, olhando para o próprio reflexo, o que desejam para o futuro. “A maioria não tem essa coragem de falar, de se encarar, porque elas foram tão invalidadas… Umas não querem nem olhar no espelho. “Queremos fazer essa menina olhar no espelho e acreditar em quem ela é para poder provocar essa mudança”, explica em reportagem do jornal HuffpostBrasil.

Para contribuir neste processo de empoderamento das garotas, o projeto conta com o apoio de mentoras conceituadas, como Eliane Dias, empresária do grupo Racionais MC’s, Camila Costa, CEO da ID, agência de marketing digital, e a ex-consulesa da França Alexandra Loras. “Na minha trajetória, já fui chamada de burra e de macaca por causa da minha cor. Mas também tive apoio de pessoas que acreditaram em mim e me ajudaram a desafiar a ideia de que uma negra da periferia não poderia entrar numa escola de elite como a Sciences Po, o Instituto de Estudos Políticos de Paris, onde boa parte dos presidentes da França estudaram. Eu consegui e virei a melhor aluna da turma. Hoje quero ajudar outras meninas da periferia a realizarem seus sonhos”, conta Alexandra, que também é embaixadora da iniciativa.

PROTAGONISTA DA PRÓPRIA HISTÓRIA

O Plano de Menina nasceu de uma necessidade de Viviane de promover alguma ação que contribuísse com a sociedade e que a reconectasse com as suas origens. Assim como as garotas do projeto, ela também cresceu na periferia paulistana, mas ao contrário de muitas delas teve a sorte de contar com uma mãe e uma avó que sempre a fizeram a acreditar que ela era alguém com valor e capaz de tornar os seus sonhos realidade. “Minha mãe sempre fez a gente estudar e deixou claro que isso faria a gente chegar mais longe. Sempre disse que a mulher tinha que pagar suas próprias contas. Do jeito simples dela, ela sempre me disse que eu tinha que ser protagonista da minha história”, relembra em entrevista ao site Projeto Draft.

Desde 2016, ano em que foi criado, o projeto já contou com a participação de 400 garotas. A próxima etapa é estendê-lo para as mães das meninas e também para os garotos dos bairros. “Percebemos que as meninas empoderadas começaram a achar os meninos chatos e vamos criar um ruído aí. Nosso foco são as meninas, mas precisamos falar com eles também, trabalhar o respeito, a admiração, o papel como homem. A gente está fazendo isso porque queremos um futuro melhor para elas”, explica Viviane.